Expansão de rede elétrica exigirá aportes de R$ 56,2 bilhões, diz EPE
A expansão da rede elétrica no Brasil exigirá um investimento total de R$ 56,2 bilhões, conforme apontado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Este montante será direcionado para a implementação de novas linhas e subestações, bem como para reforços e melhorias em projetos já existentes.
Do valor total previsto no estudo da EPE, que serve de base para as decisões do Ministério de Minas e Energia no setor, R$ 37,8 bilhões serão destinados à construção de linhas de transmissão, abrangendo uma expansão estimada de 14,6 mil quilômetros na rede.
Outros R$ 18,4 bilhões serão alocados em investimentos relacionados a subestações, com uma ampliação projetada de 75,9 mil megavolt-amperes (MVA). O escopo do trabalho da EPE abrange obras de transmissão de energia consideradas essenciais para o sistema brasileiro até 2029, além de aquelas indicadas a partir de 2030, sujeitas a reavaliação nos próximos ciclos de planejamento.
Dentro dos R$ 56,2 bilhões em investimentos, 81% devem ser aplicados em projetos a serem licitados pelo governo. Conforme previsto pela EPE, espera-se a contratação de R$ 24,7 bilhões em empreendimentos nos leilões de transmissão agendados para o corrente ano, enquanto R$ 21 bilhões devem ser licitados a partir de 2025.
O governo já agendou um leilão para março deste ano, envolvendo projetos que demandarão investimentos de R$ 18,2 bilhões para sua implementação. A segunda licitação em 2024 ainda carece de definição quanto aos empreendimentos a serem ofertados.
O Brasil tem promovido diversos leilões para expandir a rede nacional de transmissão, permitindo a incorporação mais eficiente de energia renovável à matriz, especialmente a gerada por fontes eólicas e solares no Nordeste, atendendo aos centros de consumo do Sudeste e Sul.
Além das licitações, a EPE estima que mais R$ 10,5 bilhões serão investidos nos próximos anos, de forma autorizativa. As empresas transmissoras poderão realizar reforços e melhorias em suas linhas mediante autorizações da agência reguladora Aneel.
Fonte: CNN